PROSTITUIÇÃO
No passado dia 10 de outubro, foi publicado um artigo no diário Destak com o seguinte título: "DEFICIENTES PODERÃO TER ACESSO A SERVIÇOS SEXUAIS". Este "arrojado" projecto (como é descrito pelo administrador do projecto) consiste em facultar serviços sexuais a pessoas com deficiência por uma módica quantia de 40 euros por mês, mais 10 euros por consulta.
Tento em consideração que a prostituição não é permitida por lei, este projecto encontra-se assim suspenso.
Não sou apologista deste projecto, considerando-o inclusive debochado e ofensivo tanto para as "mulheres" como para as pessoas deficientes em questão.
É claro que um deficiente, pelo facto de ter uma incapacidade física, não deixa de ser uma pessoa com personalidade própria que também necessita e gosta de ter a sua relação sexual.
A questão depara-se essencialmente com uma lastimável quebra de princípios e de logística, não sendo a razão preconceituosa. Consideramos que o acto sexual não deve ser banalizado e libertino, devendo ser uma postura de amor e de estima. Isto aplica-se tanto a pessoas com deficiência como a pessoas não portadoras de deficiências.
Não podemos, nem devemos, reduzir o tema a uma mera condição animal de "aliviar" a tensão produzida pela abstinência sexual. Se o portador da deficiência deseja e ambiciona por um contacto íntimo, e não tem parceiro, é legitimo que veja os seus desejos executados sem ter por isso necessidade de pertencer a um "clube" de meretrizes que fazem o "serviçinho" ao domicílio. Existem ainda, infelizmente, muitas mulheres que se prestam a este lavor, não havendo necessidade de formar uma organização.
Acreditamos que este tipo de ideias não devem ser fomentadas, amparadas nem patrocinadas.
E aqui deparamo-nos com outra questão....quem pagará estes "serviços"?? Se for o portador da deficiência, não há razão para criar esta colectividade de alcoviteiras (a não ser que o cerne do assunto seja o low price praticado, tornando ainda mais deplorável a situação!). Ou será o contribuinte, visto que a maior parte dos deficientes poucos rendimentos tem??!
Não tarda formar-se-ão novos sindicatos, de homens não portadores de deficiências, alegando que o salário que recebem não chega para dar tantas "voltinhas" como almejam!!
É por esta razão que não aplaudo de forma alguma, este infeliz projecto, e alentamos que este seja também abjurado e repudiado, por todos os Portugueses.
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